quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Raciocínio anti-banal


Quem é vivo sempre aparece... (Ô frasezinha sem vergonha) – Mas tudo bem leitores, o que importa é que estamos de volta.

Posso na verdade ser sincera? Eu estava meio sem tempo e, além disso, estava bem confortável em minhas emoções. É claro para todos o fato de que minha inspiração para escrita vem de situações que eu vivencio, na maioria não muito agradáveis. Eu creio que quando estamos em nosso aconchego emocional não paramos muito prá refletir, podemos no máximo ser gratos. Agora quando a “porca torce o rabo” e nos encontramos em risco psicológico, opa! – Há algo de errado, aí aparamos para pensar no que temos vivido e sobre o que está acontecendo a nossa volta.

Dêem-me permissão para esclarecer esta turbulência de paravras emocionadas. A força de uma posição que devemos tomar pode ser medida de acordo com as circunbtâncias nas quais estamos inseridos. Muitas vezes esta posição é uma resposta biológica sem o mínimo sentido, é automático, nosso frágil corpo foi projetado para isso. Um frio na barriga, mãos suando, olhos estáticos, mandíbula solta de ‘nossa não creio!’. Essa força não depende muito do nosso intelécto para acontecer, e normalmente dura alguns segundos.

Agora, quando o ‘tempo fecha’ de verdade precisamos rever nossos conceitos, pesar nossa capacidade, avaliar nossos pensamentos, formular uma estratégia e só então tomar uma atitude.

Me espanta a que posso chamar de “embriaguês por ego-ferido” de alguns seres que vejo por aí. Ao invés de utilizarem esse sublime momento de processar reações sensíveis e compatíveis com a necessidade do momento, ficam gastando seus pobres neurônios para conceber a ignorância da cisânia intelectualmente perfeita. Essas criaturas ainda não puderam digerir o pensamento que diz que a vida é efêmera demais para nos gastarmos com o mal. Cultivando-o, valorizando-o.

A vida passa, as situações banais passam, e este período é curto demais. Concentre-mo-nos em usar nossa capacidade mental de resolver atritos que são realmente dignos de receber uma atenção dessas, senão, antes mesmo de pssar este curto intevalo de tempo que é a vida –Puf! Já estouramos todos os nossos miolos...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Muros

Como é difícil manter as relações interpessoais de forma totalmente estáveis. Sinceramente, às vezes me sinto uma mera equilibrista das emoções, em meio a uma vigorosa tempestade passando por uma fina corda entre duas mentes, sobre um abismo de possibilidades.
Querendo ou não somos todos os dias obrigados a lidar com a sensibilidade mutante alheia. E se não nos vigiarmos, caímos nas garras da hostilidade. Magoamos, ferimos, deixamos de alguma forma uma marca nossa na vida de alguém. Sendo imcompreensivos e não nos colocando na pele do outro somos capazes de montar uma fortaleza de sólidas incertezas e desconfianças nos olhos de quem na verdade queremos bem.
Sim, devemos deixar de lado esse tal ditado que diz "Os incomodados que se mudem", e alterá-lo por "Os incomodados que se manifestem e façam alguma coisa". Mas e quando somos nós os incovenientes machucadores de sentimentos? Parece que queremos sempre ser a vítima da situação, e quando nos vemos como vilões... Parece que a única saída pelo menos para mim é refletir: O que foi que eu fiz?
Sinceridade talvez seja o melhor remédio. Como elucidar a tentativa de fazer o melhor quando já nos encontramos inábeis e de mãos atadas?
Creio que o que eu vejo é bem diferente do que você vê. Aliás, pontos de vista e respeito deveriam ser sinônimos. Acredito com todas as forças no que diz respeito a respeito gera credibilidade. Não quero dizer que somos obrigados a engolir tudo que vemos e ouvimos como avestruzes psicóticos, mas sempre refletirmos e respeitarmos a opinião, posição, atitude ou crença alheia. No tocante do senso comum claro.
Afinal, minha mensagem hoje é em sua essência a simples aceitação do próximo e a utilização de uma ferramenta poderosa entre os seres humanos - A humildade.
O perdão vem depois da humildade, pois através dela conquista-se qualquer coração.
Deixemos cair os muros entre nós, muros da mágoa, da vergonha, dos preconceitos e digo ainda mais... os muros dos mal-entendidos mal-resolvidos.
Entendem o que eu quero dizer?

terça-feira, 11 de agosto de 2009

O Amigo e o tempo


Reveja seus conceitos. Depois leia. Pode ser que te hajam controvérsias a respeito deste tema. Então se segure bem nos estribos de sua opinião após embarcar e fique firme nas curvas que ficam entre uma palavra e outra.

Amigo é aquele cujo pensamento captamos através de um olhar cruzado apenas. É quem sabe nos fazer rir quando rolamos da escada e quebramos o braço, e tem a cara-de-pau de ser o primeiro a assinar nosso gesso dizendo “Eu vi!”.
Amigo sempre chega na hora certa de quando está dando tudo errado, aliás, verdadeiros amigos não chegam, eles já estão.
Se é amigo, é profundo. Amigo a gente até acha que dá pra arranjar de um dia para o outro, mas na verdade, desculpem-me aqueles que discordam, não dá. Tem que viver pra ver, sentir, chorar, crer junto. Não é só porque você já chorou com alguém que este ser já é seu amigo, ou pior, seu MELHOR amigo.
Há quem quebre a cara feio porque não sabe dar valor ao tempo. Ouvi dizer uma vez que só conhecemos uma pessoa depois de comer um quilo de sal com ela, e que eu saiba, um quilo de sal não se come em um mês. Estou errada?
A palavra tempo combina sem dúvidas com a palavra espera. O amigo te espera, não te apressa. O amigo espera você dizer o que sente mesmo já sabendo o que é. Você tem que esperar o tempo necessário para provar uma amizade concreta e real. Tempo... tempo... que maldoso finalizador de amizades, mas que magnífico provador de verdades. Ele é espetacular.
Amizades relâmpagos não resistem, pois já se acha tão profundo aquela coisa exacerbada que quando se vê que ainda estamos na superfície, escorregamos, e..dói! E quem assiste tudo isso? O tempo... acho que ele deve dar boas risadas...
Ao mesmo tempo, creio que o tempo aplaude o amigo velho, amigo cativo. Que soube apreciar os minutos de confidências, que não começam de uma madrugada ao dia claro, mas começa engatinhando nas primeiras coisas em que nos identificamos com nosso amigo até chegarmos ao núcleo, ao centro, ao interior, à profundidade de uma parceria incorruptível.
Esteja pronto para fazer um amigo sempre, nunca sabemos quando ele vai aparecer. Mas seja paciente, e deixe que isso flua aos poucos. Como dói a ilusão...


Uma coisa posso dizer, eu tenho O verdadeiro Amigo... você pode ter também.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Será que é especial mesmo?


Como dizer isso de forma a não ofender ninguém... Bom, vejamos.
Simplesmente tenho em mim uma vontade de referir-me a quem se sente especial de alguma forma. Calma, não estou menosprezando dons, talentos, simpatia ou qualquer coisa do gênero, e muito tentando de alguma forma baixar a auto-estima de alguém. (Aliás, “auto-estima” tem hífen?).
De certa forma estou, como sempre, induzindo ao caro leitor a refletir a respeito do que realmente significa (não só na morfologia do termo!) o que é “especial”.
Eu até pouco tempo achava importante o “especial”, até que me toquei que quando há muitas coisas especiais, eu digo muitas mesmo, elas acabam se tornando ao longo do tempo comuns, e banalmente vão perdendo seu sentido. A sensação de ver o que consideramos especial se desmanchando é como castelos de areia na ventania que demoramos um longo dia quente na praia construindo e colhendo as mais belas conchas ao longo do mar para fazer os detalhes. É dolorido, mas se pararmos para ver, podemos construí-lo novamente no outro dia, e talvez fique até mais bonito.
Sem mais nem menos as coisas preciosas perdem seu lugar em nosso belíssimo pedestal imaginário e vamos colocando quinquilharias inúteis sobre ele sem perceber. Me diga o que tem isso de especial?
Não é um momento pessimista de minha parte, não pare, chegaremos a um final, quem sabe, feliz.
Percebi em minha busca dentro de mim mesma (olhem; Eu não sou muito grande, mas a mente...) coisas a respeito de pessoas que podem nos considerar especiais, e tirei minha conclusão a respeito disso. Talvez possas não concordar comigo, mas respeite-me, pode estar certo que também te respeitarei. Coloco-me em questão para esta análise, e estou certa disto pelo menos até me provarem que estou errada. Não quero ser a pessoa mais especial para ninguém. Não por egoísmo ou estupidez, ou por achar que isso é um peso muito grande. Mas pense agora, este é o momento que eu queria chegar desde o início. Eu poderia até mesmo ser ‘A’ especial de alguém, mas amanhã isso pode mudar. E minha posição? Bom, acabo então de despencar do pedestal imaginário de alguém. Quem sabe até teriam algumas lantejolas arroxeadas, fitas de cetim brilhante ou belas flores envolta. Mas que diferença faz! Despencar no mundo das idéias é dolorido também.
Eu tenho “especiais” dentro de mim, mas o que ou quem quer que seja o maior, que fique só para mim.
Terminando, de forma feliz, não estou dizendo que a vida acaba quando acontece uma queda dessas. Afinal, ninguém é qualquer um, isso é impossível! Todos somos especiais para pelo menos um ser não é mesmo?! Se você tiver um bichinho de estimação pergunte à ele se não tenho razão!

Eu nunca...


Interessante como as coisas que paramos para pensar são curiosas. Você já se perguntou quantas coisas você nunca fez... ou nunca quer parar de fazer... ou nunca é ou nunca foi... Nossa! Nunca é um termo muito forte quando dito de maneira impulsivas... mas se utilizado de forma a se filosofar este humilde vocábulo se torna um singelo “abridor” de mentes... eu por exemplo posso dizer várias coisas. E é isso que vou fazer. “Eu nunca...”:
-Dormi dentro da geladeira;
-Abracei um javali rosa (aliás, de cor alguma...);
-Nunca dancei lambada, mas nunca é tarde não é mesmo!?;
-Nunca belisquei minha vó;
-Nunca fui à Irlanda – não por falta de vontade, aliás eu nunca fui para tantos lugares...
-Nunca tomei banho de coca-cola;
-Nunca parei de pensar! Isso graças a Deus, embora muitas vezes eu ache que tomo atitudes impensadas... Curioso não!
-Nunca vou esquecer pessoas que considero especiais; são muitas eu garanto.
-Nunca fui menino;
-Nunca gostei de fígado... Nossa é horrível! Blah!
-Nunca tentei surfar no trem...
-Nunca vesti um macacão laranja de gari;
-Nunca releio meus textos antes de postar;
-Nunca quero abandonar minha fé;
-Eu nuuuunca estou sozinha; Isso é fato!
-Nunca perdi meu medo de escuro;
-Nunca sei que roupa colocar pra sair;
-Nunca quero magoar as pessoas, se eu faço isso foi um equívoco, sem intenção...Magoar às vezes parece necessário, mas dói tanto em mim.
-Nunca fico quieta, quem me conhece sabe...

Bom... pode ver que “eu nunca” tantas coisas...
Mas é bom parar pra pensar nas coisas lindas que acontecem na nossa vida e que “eu sempre” tento dar valor, por mais ínfimas que possam parecer.
Eu fico por aqui hoje. Ah, se “você nunca” comentou, faz essa dez vez...

terça-feira, 21 de julho de 2009

Change


Por menor que seja a sua percepção sobre a vida, pare agora e pense – qual tem sido seu sistema de troca? Isso mesmo, troca!

Existem indivíduos que não dão muito valor à vida, e por isso não param para refletir em certas sutilezas que ela nos reserva. A troca é uma delas.

Todos os dias trocamos dinheiro por comida, trocamos informações, trocamos de roupas, de humor, trocamos muitas vezes de companhia e até de opinião.

Outro fator da troca é que quando menos esperamos, já fomos trocados. Sim, e muito pior, sem perceber também fazemos trocas com as pessoas ao nosso redor.

Às vezes trocamos nossos belos sorrisos por pesadas e salgadas lágrimas... Normalmente acontece quando ninguém nos vê.

Queremos sempre trocar os problemas por soluções, perguntas por respostas, dúvidas por certezas, pensamos que é possível até mesmo trocar a morte pela vida.

Não quero mais escrever sobre a tristeza da vida... Suas imperfeições ou descasos generalizados.

Quando meu espírito se acalmar e minha alma for curada (sim, Ele me cura) – Eu volto.

domingo, 19 de julho de 2009

Não quero nem saber, quero ser egoísta só hoje!


Estou num momento tão egoísta que acho que só eu mesma vou ler isso.
Caso você não seja eu e estiver lendo, sinta um pouco de pena se puder. Sim. Hoje eu quero ganhar confete!
Um momento de egocentrismo não é nada mal. Ouvindo aquela música que fala na verdade de outra pessoa. Incrível que até quando eu quero pensar em mim mesma e só, eu penso nos outros, ou em um ou outro.
Eu sou uma outoniana (nascida no outono), isso quer dizer que a gente nunca pode esperar o óbvio, e quando menos esperamos acontece o que já estava previsto. Poxa, nem eu consigo me entender.
Estou querendo dizer que preciso nada mais nada menos do que atenção especial. Não estou carente, acho que o nome é outro... é uma certa necessidade. Fazer o que!? Pedir atenção é constrangedor e humilhante. Eu particularmente quero dizer nas entrelinhas assim Samuel Rosa "Quando eu estiver triste, simplismente me abrace..."
Mas a mente não pára de pensar... pensar em tudo que não seja eu mesma. Quero tudo agora!! Eu quero!
Que droga achar que nada vai dar certo, e que tudo que eu faço é erro, só erro atrás de erro... Que monotonia errônea, que ciclo incorretamente depressivo.
Não consegui alcançar meu objetivo, que novidade! Mas não desista, leia até o fim.
Poxa, já até chorei hoje! E eu tenho o hábito de compartilhar em mim de forma tão intensa que estou dividindo um moemento que deveria ser só meu, com qualquer pessoa que queira ler.

"E quando eu estiver triste, simplismente me abrace..."

É, quero colo!