terça-feira, 11 de agosto de 2009

O Amigo e o tempo


Reveja seus conceitos. Depois leia. Pode ser que te hajam controvérsias a respeito deste tema. Então se segure bem nos estribos de sua opinião após embarcar e fique firme nas curvas que ficam entre uma palavra e outra.

Amigo é aquele cujo pensamento captamos através de um olhar cruzado apenas. É quem sabe nos fazer rir quando rolamos da escada e quebramos o braço, e tem a cara-de-pau de ser o primeiro a assinar nosso gesso dizendo “Eu vi!”.
Amigo sempre chega na hora certa de quando está dando tudo errado, aliás, verdadeiros amigos não chegam, eles já estão.
Se é amigo, é profundo. Amigo a gente até acha que dá pra arranjar de um dia para o outro, mas na verdade, desculpem-me aqueles que discordam, não dá. Tem que viver pra ver, sentir, chorar, crer junto. Não é só porque você já chorou com alguém que este ser já é seu amigo, ou pior, seu MELHOR amigo.
Há quem quebre a cara feio porque não sabe dar valor ao tempo. Ouvi dizer uma vez que só conhecemos uma pessoa depois de comer um quilo de sal com ela, e que eu saiba, um quilo de sal não se come em um mês. Estou errada?
A palavra tempo combina sem dúvidas com a palavra espera. O amigo te espera, não te apressa. O amigo espera você dizer o que sente mesmo já sabendo o que é. Você tem que esperar o tempo necessário para provar uma amizade concreta e real. Tempo... tempo... que maldoso finalizador de amizades, mas que magnífico provador de verdades. Ele é espetacular.
Amizades relâmpagos não resistem, pois já se acha tão profundo aquela coisa exacerbada que quando se vê que ainda estamos na superfície, escorregamos, e..dói! E quem assiste tudo isso? O tempo... acho que ele deve dar boas risadas...
Ao mesmo tempo, creio que o tempo aplaude o amigo velho, amigo cativo. Que soube apreciar os minutos de confidências, que não começam de uma madrugada ao dia claro, mas começa engatinhando nas primeiras coisas em que nos identificamos com nosso amigo até chegarmos ao núcleo, ao centro, ao interior, à profundidade de uma parceria incorruptível.
Esteja pronto para fazer um amigo sempre, nunca sabemos quando ele vai aparecer. Mas seja paciente, e deixe que isso flua aos poucos. Como dói a ilusão...


Uma coisa posso dizer, eu tenho O verdadeiro Amigo... você pode ter também.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Será que é especial mesmo?


Como dizer isso de forma a não ofender ninguém... Bom, vejamos.
Simplesmente tenho em mim uma vontade de referir-me a quem se sente especial de alguma forma. Calma, não estou menosprezando dons, talentos, simpatia ou qualquer coisa do gênero, e muito tentando de alguma forma baixar a auto-estima de alguém. (Aliás, “auto-estima” tem hífen?).
De certa forma estou, como sempre, induzindo ao caro leitor a refletir a respeito do que realmente significa (não só na morfologia do termo!) o que é “especial”.
Eu até pouco tempo achava importante o “especial”, até que me toquei que quando há muitas coisas especiais, eu digo muitas mesmo, elas acabam se tornando ao longo do tempo comuns, e banalmente vão perdendo seu sentido. A sensação de ver o que consideramos especial se desmanchando é como castelos de areia na ventania que demoramos um longo dia quente na praia construindo e colhendo as mais belas conchas ao longo do mar para fazer os detalhes. É dolorido, mas se pararmos para ver, podemos construí-lo novamente no outro dia, e talvez fique até mais bonito.
Sem mais nem menos as coisas preciosas perdem seu lugar em nosso belíssimo pedestal imaginário e vamos colocando quinquilharias inúteis sobre ele sem perceber. Me diga o que tem isso de especial?
Não é um momento pessimista de minha parte, não pare, chegaremos a um final, quem sabe, feliz.
Percebi em minha busca dentro de mim mesma (olhem; Eu não sou muito grande, mas a mente...) coisas a respeito de pessoas que podem nos considerar especiais, e tirei minha conclusão a respeito disso. Talvez possas não concordar comigo, mas respeite-me, pode estar certo que também te respeitarei. Coloco-me em questão para esta análise, e estou certa disto pelo menos até me provarem que estou errada. Não quero ser a pessoa mais especial para ninguém. Não por egoísmo ou estupidez, ou por achar que isso é um peso muito grande. Mas pense agora, este é o momento que eu queria chegar desde o início. Eu poderia até mesmo ser ‘A’ especial de alguém, mas amanhã isso pode mudar. E minha posição? Bom, acabo então de despencar do pedestal imaginário de alguém. Quem sabe até teriam algumas lantejolas arroxeadas, fitas de cetim brilhante ou belas flores envolta. Mas que diferença faz! Despencar no mundo das idéias é dolorido também.
Eu tenho “especiais” dentro de mim, mas o que ou quem quer que seja o maior, que fique só para mim.
Terminando, de forma feliz, não estou dizendo que a vida acaba quando acontece uma queda dessas. Afinal, ninguém é qualquer um, isso é impossível! Todos somos especiais para pelo menos um ser não é mesmo?! Se você tiver um bichinho de estimação pergunte à ele se não tenho razão!

Eu nunca...


Interessante como as coisas que paramos para pensar são curiosas. Você já se perguntou quantas coisas você nunca fez... ou nunca quer parar de fazer... ou nunca é ou nunca foi... Nossa! Nunca é um termo muito forte quando dito de maneira impulsivas... mas se utilizado de forma a se filosofar este humilde vocábulo se torna um singelo “abridor” de mentes... eu por exemplo posso dizer várias coisas. E é isso que vou fazer. “Eu nunca...”:
-Dormi dentro da geladeira;
-Abracei um javali rosa (aliás, de cor alguma...);
-Nunca dancei lambada, mas nunca é tarde não é mesmo!?;
-Nunca belisquei minha vó;
-Nunca fui à Irlanda – não por falta de vontade, aliás eu nunca fui para tantos lugares...
-Nunca tomei banho de coca-cola;
-Nunca parei de pensar! Isso graças a Deus, embora muitas vezes eu ache que tomo atitudes impensadas... Curioso não!
-Nunca vou esquecer pessoas que considero especiais; são muitas eu garanto.
-Nunca fui menino;
-Nunca gostei de fígado... Nossa é horrível! Blah!
-Nunca tentei surfar no trem...
-Nunca vesti um macacão laranja de gari;
-Nunca releio meus textos antes de postar;
-Nunca quero abandonar minha fé;
-Eu nuuuunca estou sozinha; Isso é fato!
-Nunca perdi meu medo de escuro;
-Nunca sei que roupa colocar pra sair;
-Nunca quero magoar as pessoas, se eu faço isso foi um equívoco, sem intenção...Magoar às vezes parece necessário, mas dói tanto em mim.
-Nunca fico quieta, quem me conhece sabe...

Bom... pode ver que “eu nunca” tantas coisas...
Mas é bom parar pra pensar nas coisas lindas que acontecem na nossa vida e que “eu sempre” tento dar valor, por mais ínfimas que possam parecer.
Eu fico por aqui hoje. Ah, se “você nunca” comentou, faz essa dez vez...